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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Tudo sobre o fotoperiodo..


Estou para formular esse tópico já há algum tempo. Desta vez, as infos não são relacionadas ao cultivo orgânico (já era hora né?), mas ao FOTOPERÍODO.

Resolvi abrir esse tópico devido ao fato que, me lembro claramente, quando me iniciei nos estudos sobre o cultivo da Cannabis. Um dos pontos que mais tive dificuldades para compreender legal e achar ingormações sobre o tema, foi o fotoperíodo. Ainda mais por se tratar de um tema muito abstrato, com informações e idéias que não são comuns no dia-a-dia, como movimento de rotação e translação da Terra, sua relação em posição ao sol, etc.

Digo isso porque, pra mim, ENTENDER uma coisa é realmente entender e compreender, nos mínimos detalhes. Ou seja, o que eu estava a procura era como, por quê, quando e de que modo ocorria esse tal 'fotoperíodo', e não simplesmente saber que em tal época do ano é desaconselhável plantar, e em outra é recomendado o plantio.

Visto tudo isso, passaram-se anos desde meu início nos estudos sobre o cultivo da Canna, e hoje , após anos lendo, ouvindo, vendo, recolhendo informções, e principalmente, de várias fontes, me sinto em posição confortável para repassar o que aprendi com todos.


O fotoperíodo é, na minha opinião, uma das primeiras coisas que um grower deve ir atras para aprender, afinal, é ele que define todo o cultivo. Os growers de indoor simplesmente regulam o timer para mais ou menos horas de luz, mas os growers de Out não fazem o fotoperíodo, apenas o seguem. 

Para quem planeja o cultivo ao ar livre ,iluminado pelo Sol, compreender muito bem compreendido o funcionamento desse complexo fenômeno é fundamental.

Visto ainda a dificuldade de visualizar mentalmente o que estamos lendo, vou tentar deixar esse tópico o mais rico possível em imagens, e até vídeos, que dão uma boa 'clareada' nos pensamentos.


Um detalhe importante. Esse tópico e post tem como base o trabalho Fotoperiodismo, de Homero Bergamaschi (UFRGS); além de complementos com fotos e vídeos achados pela net, e ainda o único tópico sobre o tema por aqui, do grande grower DonkeyDick, O que é Fotoperíodo




FOTOPERÍODO e FOTOPERIODISMO


1- Introdução

O comprimento de um dia é conhecido como fotoperíodo e as respostas do desenvolvimento das plantas ao fotoperíodo são chamadas fotoperiodismo.(Chang, 1974). 

Há muito tempo, o homem tem conhecimento de respostas dos seres vivos à variação na duração do dia. Muitas espécies, tanto vegetais como animais, têm o seu ciclo vital (ou pelo menos parte dele) regulado pelo fotoperíodo. Tanto animais ditos "inferiores" (insetos, por exemplo) como muitos mamíferos e outros animais de grande porte manifestam influências à variação na duração do dia. Porém, é no estudo da fenologia vegetal que as atenções e as aplicações do fotoperiodismo sempre foram maiores. Do ponto de vista agronômico, o maior interesse pelo estudo do fotoperiodismo decorre das respostas de muitas espécies importantes à variação na duração do dia, no processo de indução ao florescimento, afetando fortemente todo o desenvolvimento fenológico das plantas. 

A primeira publicação científica importante sobre fotoperiodismo foi feita por Garner & Allard (1920). Ainda em 1906, trabalhando com uma cultivar antiga de fumo Maryland Narrowleaf, eles observaram que algumas plantas cresceram a uma grande altura, produzindo um número extraordinário de folhas. A partir dessas plantas, foi selecionada uma nova cultivar de fumo (Maryland Mammoth), de florescimento muito tardio. As plantas dessa nova cultivar eram mortas pelas geadas de outono, antes que o florescimento ocorresse. Porém, cultivadas em casa-de-vegetação no inverno, elas floresciam e produziam sementes normalmente. Eles também descobriram que, mesmo em casa-de-vegetação, as plantas não floresciam se o dia fosse prolongado por luz artificial. O estudo do "gigantismo" das plantas de fumo despertou o interesse para estudos mais aprofundados, tanto por aspectos relacionados à produção de folhas como pelo interesse científico. Posteriormente, o mesmo comportamento foi observado em diversas outras cultivares de fumo. 

Mais tarde, várias outras espécies vegetais foram estudadas por Garner e Allard. Eles descobriram que, além do efeito sobre a formação de flores, frutos e sementes, o fotoperíodo tem influência sobre o crescimento vegetativo, a formação de bulbos e tubérculos, o processo de ramificação, a forma das folhas, a abscisão e queda de folhas, a formação de pigmentos, pubescência, desenvolvimento radicular, dormência e morte de plantas. Verificou-se que fluxo de luz necessário para provocar resposta fotoperiódica é tão baixo que mesmo o crepúsculo, antes do nascer-do-sol e depois do por-do-sol, é efetivo (Chang, 1974). 

Em soja Garner e Allard (1920) observaram que, quando semeadas em épocas sucessivas, certas cultivares mostravam forte tendência de florescer em datas aproximadas, independentemente de quando haviam sido semeadas. Em outras palavras, quanto mais tarde fosse feita a semeadura mais curto era o período de crescimento, até o florescimento. Em trabalhos feitos com soja no inverno, utilizando diferentes níveis de aquecimento (em estufa) para avaliar o efeito da temperatura sobre a produção de óleo, verificou-se que as plantas começavam a florescer antes que tivessem atingido um crescimento normal, dificultando os estudos. Como no caso do fumo Mammoth, a época do ano em que as plantas crescem também exerce grande influência sobre o crescimento e a reprodução da soja.

Na publicação original de Garner e Allard (1920), maiores destaques são dados aos trabalhos de campo com soja. Foram utilizadas quatro cultivares, com ciclos de maturação distintos: Mandarin (mais precoce), Peking, Tokyo e Biloxi (mais tardia). A Tabela 1 resume os principais eventos fenológicos dos quatro genótipos, evidenciado as diferentes respostas à variação na época de cultivo.

Tabela1. Efeito da data de semeadura sobre a data de florescimento de soja, cultivado no campo em Arligton - Virgina, 1909 (Garner e Allard, 1920).


É possível observar que o efeito do fotoperíodo é maior na cultivar mais tardia (Biloxi), na qual o período entre a emergência e o florescimento variou apenas em 25 dias, quando as datas de emergência variaram em 92 dias. Isto é devido a que, submetidas a dias progressivamente mais curtos, as plantas das últimas épocas encurtam o crescimento vegetativo devido à indução ao florescimento. A cultivar mais precoce (Mandarin) reduziu menos o período vegetativo, demonstrando uma dependência menor ao fotoperíodo do que as demais. 


2- Variação astronômica do fotoperíodo

Sabe-se que a Terra realiza, no decurso de um ano, um giro ao redor do Sol, em um movimento denominado "translação". No percurso que descreve, ao longo de sua órbita, o nosso planeta assume quatro posições características, que determinam o início de cada estação do ano. Com uma inclinação de 23°27´ entre o plano equatorial e o plano da eclíptica, o eixo de rotação da Terra mantém uma mesma posição em relação à sua órbita, como mostra a Figura 1.

Figura 1. Posições da Terra em ralação ao Sol, ao longo de um ano, nos dois solstícios (21 de junho e 21 de dezembro) e nos dois equinócios (21 de março e 22 de setembro. 



As posições da Terra que marcam o início das quatro estações do ano consistem em dois solstícios (de inverno e verão) e dois equinócios, conforme a Tabela 2. 

Em decorrência da mudança de posição da Terra, em relação ao Sol, a incidência da radiação solar sobre o nosso planeta altera seu ângulo, conforme sua posição descrita na Tabela 2, também representado na Figura 2. A variação no ângulo de incidência da radiação solar, causada pela alteração da declinação solar, faz variar a quantidade de radiação que chega à superficie, por duas razões: pela alteração no fluxo de energia incidente sobre cada unidade de superfície e pela variação na duração dos dias, ao longo do ano. Neste momento, o interesse se prende à variação na duração dos dias (fotoperíodo) e seus efeitos sobre as plantas, em termos de processos fotomorfogênicos. 

Conforme pode-se observar na Figura 2, a duração dos dias se altera na medida em que se modifica a posição do nosso Planeta em relação ao Sol. Nos dois equinócios o fotoperíodo tem 12h em todas as latitudes. Nos dois solstícios a duração do dia atinge seu valor extremo, sendo máximo no verão e mínimo no de inverno. No solstício de verão do Hemisfério Sul (21/12) o dia varia de 12h no Equador a 24h a partir do Círculo Polar Antártico. Ao contrário, no solstício de inverno do Hemisfério Sul (21/06) o fotoperíodo vai de 12h no Equador à noite de 24h a partir do Círculo Polar Antártico.

Para o Hemisfério Norte, invertem-se as estação inverno e verão, ou seja, há uma defasagem de seis meses.

Tabela 2. Posições característicasdo Sol em relação à Terra, no início das quatro estações do ano.


Figura 2. Representação esquemática (em plano) das posições características do Sol em relação à Terra, no início das quatro estações do ano, em decorrência da mudança na declinação solar.



 P.S: Aqui vou deixar um vídeo didático (em portugês) sobre o tema, que como disse anteriormente, pode dar uma clareada melhor nas idéias um tanto quanto distantes da nossa imaginação.



E também, algumas imagens 'extra', pra dar melhor visualização do que estamos falando.








Portanto, na faixa do Equador (latitude de 0°) o fotoperíodo tem 12h em todo o ano. Nas demais regiões, a duração do dia aumenta no verão, à medida em que aumenta a latitude, e diminui no inverno pela mesma razão.

A Figura 3 representa a variação do fotoperíodo, ao longo do ano, em latitudes entre 0 e 40°, no Hemisfério Sul. Observa-se, mais uma vez, que o fotoperíodo é igual a 12h em todas as latitudes, nos dois equinócios (daí decorre a sua denominação). Nos dois solstícios a duração do dia continua em 12h no Equador, mas aumenta com a latitude no verão e se reduz no inverno.

Figura 3. Variação anual do fotoperíodo em diferentes latitudes do Hemisfério Sul.
(Atenção galera pra essa figura, que é muito valiosa e importante  )


Para a latitude de 30°, por exemplo, que é a latitude aproximada de Porto Alegre, o fotoperíodo varia de cerca de 10h em 21 de junho a 14h em 21 de dezembro. Nas regiões tropicais esta duração é menor, enquanto que em maior latitude a amplitude da duração dos dias é mais ampla. O efeito da latitude sobre a amplitude de variação do fotoperíodo aumenta ainda mais, em grandes latitudes, em virtude da curvatura da Terra naquelas regiões.


3. Classificação das plantas quanto ao fotoperiodismo

No trabalho original de Garner & Allard (1920) o comprimento relativo do dia foi considerado como um fator de primeira importância no desenvolvimento das plantas, particularmente na reprodução sexuada. As plantas foram agrupadas considerando que a entrada em florescimento e frutificação se dá apenas quando o comprimento do dia está dentro de certos limites, fazendo com que essas fases sejam alcançadas apenas em certas épocas do ano. Por isso, algumas espécies e cultivares respondem a comprimentos relativos de dias longos, enquanto outras respondem a dias curtos e, ainda outras são capazes de responder a todos os comprimentos de dia.

Na ausência do comprimento de dia favorável para induzir a expressão dos processos reprodutivos, certas espécies podem continuar em crescimento vegetativo, de forma mais ou menos indefinida, levando ao fenômeno do gigantismo. Ao contrário, sob influência do fotoperíodo adequado, o florescimento e a frutificação podem ser induzidos mais precocemente. Assim, certas cultivares ou espécies podem ser de maturação precoce ou tardia, dependendo simplesmente do comprimento do dia em que as plantas são expostas.

Assim, a partir do trabalho de Garner e Allard (1920), surgiu a primeira classificação das plantas, quanto ao fotoperíodo, agrupando-as em três categorias. A denominação e o significado de cada grupo passou a ser os seguintes: 

Plantas de dias curtos (PDC). São as espécies que florescem em fotoperíodos menores do que um máximo crítico.

Plantas de dias longos (PDL). São as espécies que florescem em fotoperíodos maiores do que um mínimo crítico.

Plantas de dias neutros ou fotoneutras (PDN). São aquelas que florescem em uma ampla faixa de variação do fotoperíodo.

Allard (1938), citado por Chang (1974) acrescentou um quarto grupo, designado como Plantas intermediárias (IM). Estas florescem a um comprimento de dias de 12 a 14h, mas são inibidas à reprodução tanto por fotoperíodos acima com abaixo desta faixa. 

Na caracterização da resposta fotoperiódica das plantas de dias curtos e das plantas de dias longos, feita originalmente por Garner e Allard (1920) fica implícito que o fotoperíodo é uma condição indispensável para que haja indução ao florescimento. Entretanto, estudos posteriores mostraram que é muito variável a intensidade de resposta das espécies à alteração na duração do dia. Assim é que, segundo Vince-Prue (1975), os dois grupos de plantas sensíveis ao fotoperíodo (PDC e PDL) foram subdivididos em espécies de resposta absoluta ou qualitativa e espécies de resposta facultativa ou quantitativa. 

O tipo de resposta absoluta ou qualitativa significa que a condição fotoperiódica é essencial à indução floral, sem a qual as plantas não florescem. Ao contrário, a resposta facultativa ou quantitativa subentende que a condição fotoperiódica favorece a indução floral, mas não é essencial. 

A Tabela 2 mostra uma série de espécies vegetais e seus respectivos grupos, segundo o tipo de resposta fotoperiódica. Ao lado das letras que caracterizam o tipo de resposta de cada espécie, é apresentado o fotoperíodo crítico necessário para a indução ao florescimento (última coluna). Pode-se observar que o critério de classificação das espécies ou grupos de cultivares, como "de dias longos" ou "de dias curtos", não está relacionado à magnitude do fotoperíodo crítico exigido. A classificação segue a idéia original, de que uma planta de dias curtos necessita fotoperíodo de "no máximo" tantas horas. Em outras palavras, as PDC são induzidas a florescer se a duração do dias for igual ou inferior àquele valor crítico que caracteriza a espécie ou cultivar. Para plantas de dias longos deve-se considerar que elas florescerão se o fotoperíodo for igual ou superior ao mínimo crítico de sua espécie ou cultivar. 

Pode-se observar que, de um modo geral, plantas de dias longos são aquelas que crescem na estação fria, florescem durante a primavera, que é quando a duração do fotoperíodo se alonga, para encerrar o ciclo no final da primavera ou início de verão. Por sua vez, as espécies de dias curtos são aquelas que iniciam o ciclo na primavera, florescem quando os dias já estão se encurtando, no verão ou início de outono, e terminam o ciclo no outono ou início de inverno. Assim, os cereais de inverno e outras espécies de estação fria são (em geral) plantas de dias longos. As espécies de primavera-verão são de dias curtos ou fotoneutras. 

Dentre os cereais de inverno, bem como em outras culturas de clima temperado, há uma subdivisão de cultivares em dois grupos: de primavera e de inverno. Esta subdivisão não segue a exigência fotoperiódica. As cultivares de inverno exigem tratamento de vernalização no início do ciclo, portanto, exigem invernos rigorosos, enquanto que as de primavera não necessitam do tratamento de frio. Este aspecto é melhor estudado no capítulo que trata dos efeitos de baixas temperaturas sobre as culturas.

Algumas espécies, graças à grande diversidade de cultivares, têm mais de um tipo de exigência fotoperiódica. É o caso da soja, do milho e do fumo. Considerando a grande expansão geográfica destas espécies, o trabalho de melhoramento genético conseguiu uma grande variabilidade de respostas, de maneira a adaptar os genótipos às disponibilidades de cada região de cultivo. É o caso da soja, que é originária de latitudes elevadas, no norte da China e que, progressivamente foi se expandindo para regiões mais próxima ao Equador. No Brasil, a soja começou a se expandir pelo Rio Grande do Sul, em latitude mais próximas às originais, mas foi sendo transferida para outros estados da Região Sul, da Região Centro-Oeste e, atualmente, até por regiões próximas ao Equador. Isto foi exigindo cada vez menor resposta a dias curtos, chegando-se a cultivares praticamente fotoneutras (insensíveis ao fotoperíodo). 

Usando informações da Tabela 2 é possível formular alguns exemplos de aplicação do fotoperiodismo. Tomando o exemplo da espécie Andropogon gerardii, pode-se observar que ela tem um fotoperíodo crítico de 18h, mas é de resposta absoluta a dias curtos. Portanto, em qualquer região do Brasil ela terá condições fotoperiódicas para florescer em qualquer época do ano, pois o fotoperíodo não ultrapassa aquela duração, mesmo nas regiões de maior latitude. Por outro lado, plantas de Agrostis palustris, que exigem fotoperíodos de 16h ou mais, jamais terão condições naturais para florescer em qualquer região do Brasil, onde esta duração nunca é alcançada. O seu florescimento poderá ser obtido através de suplementação de luz, alongando o fotoperíodo através de iluminação artificial. Este é o caso de outras espécies ou cultivares que, ao serem introduzidas não cumprem o ciclo, inviabilizando a sua propagação por sementes. Alguns genótipos mais tardios de trevo vermelho (Trifolium pratensis) florescem muito tardiamente no Rio Grande do Sul, devido à exigência de fotoperíodo longo, comprometendo a sua ressemeadura e perenização, quando ocorrem altas temperaturas e déficit hídrico no final da primavera ou início do verão no final do ciclo do ciclo, sobretudo nas regiões mais quentes. 

Tabela 3. Resposta fotoperiódica de algumas espécies cultivadas (Chang, 1974).

Legenda:
¹ l – dias longos favorecem (resp. facultativa); L – exigem dias longos (resp. absoluta);
s – dias curtos favorecem (resp. facultativa); S – exigem dias curtos (resp. absoluta);
N – fotoneutras; IM – intermediárias


De acordo com Vince-Prue (1975), algumas espécies vegetais têm dupla exigência fotoperiódica. Por exemplo, em Cestrum nocturnum o florescimento ocorre em dias curtos (DC), mas somente depois que as plantas tenham previamente recebido um número suficiente de dias longos (DL). Esta é uma espécie de plantas de dias longos-curtos (PDLS). Em Scabiosa succisa o florescimento ocorre em dias longos (DL), mas somente depois que as plantas tenham recebido antes dias curtos (DC). Este é um exemplo de plantas de dias curtos-longos (PDCL).

O número mínimo de ciclos de fotoperíodo indutivo, necessário para completar o processo de indução floral, é variável entre as espécies. Em outras palavras, algumas plantas são extremamente rápidas em completar a resposta fotoperiódica, bastando um dia apenas, enquanto que outras são mais lentas, exigindo vários dias para compretar o processo. A Tabela 4 relaciona uma série de espécies, de acordo com o número mínimo de ciclos indutivos necessários à indução fotoperiódica ao florescimento. 

Tabela 4. Numero mínimo de ciclos indutivos necessários para a iniciação floral (Vince-Prue, 1975).
(Atenção aqui, ao fato do autor ter nos ajudado e já colocado nossa querida Cannabis sativa )

Legenda: ¹ Limites determinados com lâmpadas de filamento de tungstênio, continuamente, durante a noite ou na maior parte da noite.


Pode-se observar, pela Tabela 4, que a soja (Glycine max – cultivar Biloxi) necessita 2 a 3 dias apenas com fotoperíodo favorável, enquanto que o crisântemo (Chrysanthemum morifolium) exige cerca de 12 dias com duração crítica.

Quanto ao limite mínimo de luz necessário para iniciar o processo de indução floral, também há diferenças entre espécies, como pode ser visto na Tabela 5. Entretanto, em geral, o fluxo luminoso exigido é muito baixo, comparado à quantidade de energia necessária a outros processos metabólicos, como a fotossíntese, por exemplo. Pode-se ver que o limite luminoso para soja (Glycine max) é da ordem de 0,1 lux e para cevada (Hordeum vulgare) é de 2,5 a 5 lux. Para Ter-se a ordem de grandeza do que isto representa, basta lembrar que ao meio-dia, nos trópicos, a densidade de fluxo luminoso proveniente da radiação solar pode ultrapassar 100.000 lux (Chang, 1974). 

Tabela 5. Limite mínimo aproximado de luz necessária para supressão ou indução à iniciação floral, em algumas plantas de dias longos e de dias curtos Vince-Prue, 1975).
(Aqui também consta nossa querida Cannabis)


Considerando a baixa exigência em termos de fluxo luminoso para início da indução floral, o cálculo da duração do dia natural necessário para plantas sensíveis ao fotoperíodo leva em conta a luz do crepúsculo, tanto matutino como vespertino. Em seu trabalho clássico, Francis (1972) elaborou gráficos e tabelas para determinar a duração do fotoperíodo, ao longo do ano e em diferentes latitudes, para limites mínimos de 11, 22, 54 e 108 lux. Para isto, foi considerado que os ângulos de –6°, -5°, -4°, -3°, -2° e –1°, portanto com o sol abaixo do horizonte, equivalem a um fluxo luminoso de 2, 5, 13, 40, 113 e 250 lux, respectivamente.

Vince-Prue (1975) considera que a iluminação noturna de ruas pode influenciar o florescimento de muitas espécies de plantas. As lâmpadas de filamento de tungstênio e de vapor de sódio têm maior quantidade de luz fotoperiodicamente efetiva, enquanto que lâmpadas de vapor de mercúrio contém menos luz vermelha e, por isto, devem influenciar menos as respostas fotoperiódicas. Quanto a possíveis influências da luz da lua, a autora considera que, dada a baixíssima quantidade de luz vermelha (mesmo em noites de lua cheia) e às reduções no fluxo luminoso nas folhas por sombreamento e inclinação das folhas, os limites mínimos de luz fotoperiodicamente efetiva exigidos não são atingidos. Assim, mesmo em espécies mais sensíveis, a luz proveniente da lua cheia não deve influenciar a indução floral.


4. Indução fotoperiódica ao florescimento

Há muito tempo é sabido que as folhas são os órgãos de recepção do estímulo necessário à indução ao florescimento. Inúmeros trabalhos demonstraram que as folhas são os órgãos que devem ser expostos à condição fotoperiódica necessária. Experimentos isolando folhas do restante da planta, transferindo folhas ou parte de folhas de uma planta a outra, demonstraram que, uma vez colocadas na condição necessária à indução floral, transmitem o estímulo e levam o restante da planta a florescer normalmente.

Sabe-se, também, que o fitocromo é o pigmento responsável por desencadear o processo de indução. Ele absorve radiação dentro das faixas do vermelho (500 a 600nm de comprimento de onda) e vermelho distante (600 a 700nm de comprimento de onda), assumindo alternadamente duas estruturas distintas simbolizadas por P660 e P730 . Esses símbolos correspondem aos dois picos de absorção de radiação pelo fitocromo, nas faixas do vermelho e do vermelho distante, respectivamente, embora possa haver variações entre espécies ou condições (Kendrick e Frankland, 1981). Durante o dia, na presença da radiação solar, o fitocromo se converte de P660 a P730 , acumulando nesta forma. À noite, na ausência de luz, ele reverte o processo e se acumula na forma de P660 , segundo o esquema:



Assim, na condição de dias longos, a forma P730 se acumula por longo tempo, o que induz plantas de dias longos ao florescimento e suprime o florescimento de plantas de dias curtos. Ao contrário, na condição de dias curtos, a forma P660 se acumula por um longo tempo, induzindo plantas de dias curtos a florescer e inibindo o florescimento de plantas de dias longos.


5. Importância do período escuro

Até este ponto, foi destacada a importância do fotoperíodo (período claro do dia) sobre o processo de indução floral. Diversos trabalhos de pesquisa demonstraram que, na verdade, a duração do período escuro do dia (nictoperíodo) é a responsável por desencadear o processo de indução ao florescimento em plantas sensíveis. 

A Figura 4 demonstra a maior importância da duração da noite (nictoperíodo) em comparação à duração do dia (fotoperíodo). Plantas de dias curtos e plantas de dias longos foram, inicialmente, submetidas a condições diferentes de fotoperíodo e a indução ao florescimento seguiu a lógica esperada, ou seja PDC floresceram em dia curto e noite longa, enquanto que PDL floresceram em dia longo e noite curta. Posteriormente, uma noite longa foi dividida em duas noites curtas por uma breve interrupção por luz, induzindo as plantas de dias longos a florescerem, enquanto as PDC não floresceram. Quando o dia longo foi interrompido e transformado em dois dias curtos, nada alterou comm relação à indução normal das PDC e PDL. Por fim, a alternância de dia curto com noite curta causou florescimento das plantas de dias longos (noites curtas), enquanto que dia longo seguido por noite longa fez florescer plantas de dias curtos (noites longas).

Figura 4. Efeitos da duração do período escuro sobre o florescimento de plantas de dias curtos e plantas de dias longos. PDC florescem com noites longas e PDL florescem com noites curtas (Vince-Prue, 1975).


Portanto, a duração da noite (nictoperíodo) é que controla o processo de indução ao florescimento em plantas sensíveis à variação na duração do dia. Entretanto, permanece a mesma denominação de plantas de dias curtos, plantas de dias longos, etc., na classificação das espécies segundo a sua resposta ao fotoperíodo.

Pesquisas como a que está ilustrada na Figura 4 e outras, também demonstraram que o processo de indução fotoperiódica ao florescimento é reversível. Outros tipos de experimentos também demonstraram a reversibilidade do processo de indução floral, alternando curtos períodos de luz nas faixas do vermelho e do vermelho distante, no período noturno. Tomando plantas de dias curtos (noites longas), aplicou um fotoperíodo curto e noite longa e elas floresceram. Ao lado dessas, plantas da mesma espécie tiveram noites longas divididas em duas noites curtas por um rápido período de luz vermelha e elas não floresceram. Portanto, a luz vermelha reverteu o processo de indução, transformando rapidamente P660 em P730. Outro conjunto de plantas que também também receberam tratamento de luz vermelha no meio da noite, mas seguido de luz vermelho distante. Neste caso, a indução ao florescimento ocorreu, revertendo novamente o fitocromo de P730 a P660 . E assim sucessivamente, alternando intervalos de luz entre as duas faixas de luz (vermelho e vermelho distante), havia predomínio do último tratamento, comprovando a reversibilidade do processo e a inter-conversão do fitocromo, de acordo com o comprimento de onda da luz recebida.


6. Aplicações do fotoperiodismo

São inúmeras as aplicações do fotoperiodismo, sobretudo no campo agronômico.

6.1. Introdução, seleção e indicação de materiais genéticos.

Toda a vez que uma nova espécie ou uma nova cultivar de plantas fotoperiódicamente sensíveis mudar de latitude ou de época de cultivo, haverá mudança no desenvolvimento fenológico. A razão é muito simples: de acordo com a Figura 3, o fotoperíodo varia com a latitude e com a época do ano, o que provoca influências no desenvolvimento de espécies sensíveis a este fator.

Na Figura 5 pode-se observar que, se uma cultivar de soja for transferida da Argentina ou Chile (a 40° de latitude) para o Rio Grande do Sul (a 30° de latitude) ou, então, do Rio Grande do Sul para o Mato Grosso ou qualquer outra região de menor latitude, este material estará sendo submetido a condições diferentes de fotoperíodo. Como a soja é uma planta de dias curtos, que floresce durante o verão, quando os dias se encurtam, à medida em que diminui a latitude as plantas estarão sendo submetidas a dias mais curtos. Isto quer dizer que aquela cultivar que estiver sendo transferida para menores latitudes se tornará mais precoce. Significa dizer que, mesmo que as plantas sejam semeadas na mesma época, elas alcançarão antes a condição fotoperiódica favorável na regiões de menor latitude, que têm dias mais curtos no verão. 

Suponhamos que uma cultivar de soja tenha um fotoperíodo crítico de 13h. Significa que ela será induzida com dias iguais ou menores do que esta duração. Em localidades de menor latitude este fotoperíodo é atingido antes. Em regiões tropicais esta condição poderá ocorrer em qualquer época do ano, razão pela qual a cultivar considerada terá condições fotoperiódicas para florescer assim que cumprir o chamado "período juvenil". Ela será, então, de ciclo curto nos trópicos, enquanto que nas regiões de latitudes maiores ela será de ciclo médio ou tardio, conforme a magnitude do fotoperíodo. 

Ao contrário, se uma espécie ou cultivar de dias longos for transferida de latitudes maiores (Argentina, por exemplo) para regiões mais próximas do equador elasse tornarão mais tardias, ou seja, elas devem alongar o seu ciclo por receberem o estímulo fotoperiódico mais tardiamente, a não ser que ela tenha um fotoperíodo crítico muito curto. Como, em geral, plantas de dias longos florescem na primavera, portanto a fotoperíodos acima de 12h, elas alongam o ciclo em regiões tropicais. 

Por exemplo, se uma PDL tiver um fotoperíodo crítico de 13h ela terá esta condição antes em locais de maior latitude (na primavera), sendo induzida antes ao florescimento. Em regiões de menor latitude o florescimento será retardada, pois fotoperíodos favoráveis (acima de 13h) ocorrerá mais tardiamente. Mais próximo ao Equador, este material poderá até não florescer, se o fotoperíodo crítico não ocorrer, mesmo próximo ao solstício de verão.



Na Figura 6 estão representadas as épocas em que um genótipo de dias longos (PDL) e outro de dias curtos (PDC), ambos com fotoperíodo crítico de 13h, serão induzidos a florescer, em diferentes latitudes. Nota-se que, com esta exigência fotoperiódica, as PDL florescem mais tardiamente em menores latitudes, já que o fotoperíodo necessário (13h ou mais) ocorre posteriormente aos locais de maior latitude. Para as espécies de PDC é o contrário, ou seja, nos trópicos elas serão mais precoces, já que a condição fotoperiódica necessária (13h ou menos) ocorre antes do que em maiores latitudes.

Figura 6. Variação do fotoperíodo em diferentes latitudes e representação da época de indução floral de plantas de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL), ambas com um fotoperíodo crítico de 13h



6.2. Planejamento de semeadura

Na Figura 7 é possível entender a lógica de variação da época de indução floral e, portanto, da duração do ciclo de cultivares de grupos de maturação diferentes (precoce ou tardio) ou pela variação da época de semeadura. É fácil de entender que em plantas de dias longo (PDL) as cultivares precoces têm fotoperíodo crítico mais curtos e vice-versa. Ao contrário, em plantas de dias curtos (PDC) as cultivares precoces têm fotoperíodo crítico mais longo. 

Tomando como exemplo, novamente, a soja, vê-se que as cultivares com fotoperíodo crítico de 13,5h são mais precoces do que as que têm fotoperído crítico de 13h. Assim, se elas forem semeadas na mesma época (novembro, por exemplo), as precoces irão florescer antes (em torno de meados de janeiro), pois serão induzidas antes, enquanto que as tardias florescerão mais tarde (meados de fevereiro). Este mecanismo torna muito efetivo o procedimento de utilizar cultivares de diferentes ciclos, no sentido de escalonar ciclo, períodos críticos, colheita, e práticas de manejo em geral. Escalonando a ocorrência de períodos críticos (florescimento, por exemplo), o agricultor reduz sensivelmente os riscos devidos a impactos de fenômenos adversos, sobretudo de natureza climática, como estiagens.

Figura 7. Variação do fotoperíodo em diferentes latitudes e representação da época de indução floral de plantas de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL), na latitude de 30°.



Pela Figura 7 também é possível entender que, para semeaduras tardias, como na primeira quinzena de dezembro, o agricultor deverá utilizar cultivares de soja de ciclo longo (tardias). Caso ele utilizar cultivares precoces nesta época, o florescimento ocorrerá quando as plantas ainda não terão altura suficiente para um rendimento adequado e haverá pouca altura na inserão dos primeiros legumes. Caso ocorra estiagem, durante o crescimento das plantas, este problema se agrava mais ainda.

Pelo que foi deduzido das Figuras 6 e 7, vê-se que o critério de classificação das cultivares de PDC e PDL segundo a sua precocidade é muito impreciso. A mesma cultivar será precoce em uma latitude e tardia em outra. Da mesma forma, variando a época de semeadura, o ciclo será modificado, segundo a época de ocorrência do fotoperíodo crítico. Por isto, as tabelas de classificação das cultivares por grupos de maturação são restritas ao nível regional, no máximo estadual. Uma cultivar de soja tardia no Rio Grande do Sul poderá ser considerada precoce no Mato Grosso, por exemplo. Em nível internacional existe uma classificação por grupos de maturação de soja que utiliza cultivares como padrões de referência, na tentativa de universalizar critérios e agrupar as cultivares e linhagens.

Em trabalhos de zoneamentos agrícolas, em particular agroclimáticos, assim como no estabelecimento de calendários de semeadura, é fundamental que sejam adequadas as exigências fotoperiódicas (junto a outros fatores) com as disponibilidades fotoperiódicas por épocas e regiões.

Do mesmo modo, no lançamento ou na introdução de novos genótipos é importante que haja uma caracterização das exigências fotoperiódicas do material, pelo menos quanto ao grupo de maturação a que pertence. Estas informações são indispensáveis ao planejamento de cultivo e uso do novo material, bem como qualquer estudo prévio de seu comportamento e planejamento de cultivo.

A Tabela 6 mostra as datas de florescimento de duas cultivares de milheto, semeado em três épocas espaçadas de 1 mês. Pode-se observar que a cultivar de milheto Comum teve uma redução pequena (apenas 16 dias) entre as épocas extremas. O florescimento deste material não teve uma única época, o que demonstra pouca sensibilidade fotoperiódica. A redução de ciclo pode ser atribuída às temperaturas mais altas que ocorreram ao longo do crescimento das plantas semeadas mais tarde.

Por outro lado, a cultivar Tiftlate teve seu florescimento mais tardio e praticamente na mesma época, demonstrando que a indução floral se deu em uma condição fotoperiódica muito próxima. Portanto, trata-se de um material sensível e de resposta a dias curtos, já que as plantas das três épocas "esperaram" para florescer somente em meados de abril. Para as condições do Rio Grande do Sul, esta característica poderá trazer vantagens para a produção de forragem, durante um longo período de crescimento, mas a produção de sementes fica muito difícil por se tratar de uma espécie tropical e que não tolera baixas geadas. A produção de sementes terá que ser feita em uma região tropical, onde a combinação de dias curtos com temperaturas elevadas permitem a finalização do ciclo da cultura.

Tabela 6. Florescimento em função de épocas de semeadura de duas cultuvares de milheto (Pennisetum americanum). EEA/UFRGS, 1971/72 (Westphalen, 1976)



6.3. Cultivo em ambientes modificados

Em ambientes modificados (estufas, câmaras de crescimento, etc.), é possível manejar o fotoperíodo, de modo a alterar as condições em relação ao ambiente natural da época ou região. São muitas as aplicações de técnicas de controle da duração do dias, que pode ser tanto por alongamento do dia, com iluminação artificial, ou redução da duração do dia, escurecendo o ambiente.

Uma das aplicações se dá no campo da pesquisa em melhoramento genético, para possibilitar o florescimento na época desejada, para fins de cruzamento ou, então, para acelerar a obtenção de novas gerações em testes e finalização de novas linhagens.

A obtenção de sementes de algumas espécies também dependem de condições fotoperiódicas adequadas. Para isto, épocas e regiões para cultivo devem estar de acordo com as exigências de cada genótipo desejado. Não havendo condições naturais, a modificação e manejo do ambiente pode ser uma alternativa viável.

Atualmente, modernas técnicas em floricultura permite o cultivo e colheita programada de inúmeras espécies de flores em épocas desejadas. Muitas espécies são sensíveis ao fotoperíodo e, portanto, modificando artificialmente a duração do dia é possível induzir ou suprimir a indução floral para conseguir colheita em épocas de maior demanda. Muitas datas são particularmente importantes (Festas Natalinas, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Finados e outras), nas quais a procura de flores é intensa. Através do manejo do fotoperíodo, o floricultor tem condições de oferecer sua produção no momento mais adequado, com melhor qualidade e vantagens financeiras.



EEEE, como não queremos plantar soja, nem tabaco, nem abobrinha, nem violetas, e sim CANNABIS SATIVA, deixo aqui o complemento com imagens retiradas dos tópicos do grande DonkeyDick.











E ainda na prática, pra saber a quantas anda o fotoperiodo de sua regiao, é só consultar:



Espero ter deixado o tema bem esclarecido e claro na cabeça de todos, não somente passando a receita pronta, mas tentado repassar todos os princípios e informações que regem esse fenômeno.

Agora é com vocês, bons cultivos, seja em Outdoor ou Indoor.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Tudo para seu primeiro cultivo de CANNABIS

 Escolhendo e Obtendo Sua Espécie Desejada
É muito importante começar sua plantação de maconha com uma boa genética. O que é boa genética? Só você pode dizer. Você prefere uma onda forte, sedativa, que te coloca pra dormir? Ou você quer voar alto numa euforia cerebral que te deixe confuso e nas nuvens?? Ou talvêz um pouco de cada?
Existem três espécies distintas de variações da planta de marijuana. Essas três variações incluem Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis:
Cannabis Sativa é uma planta difícil de criar em lugar fechado devido a grande necessidade de luz, alta estatura e florescimento tardio. Sativas são originárias das regiões equatoriais, daí sua maior necessidade de luz e um clima tropical quente. É possível identificar a Sativa por suas folhas longas e finas como dedos. A Sativa tipicamente produz uma onda euforicamente energética e cerebral. Apesar das limitações climáticas das Sativas, elas são realmente uma grande recompensa para quem as obtém, planta e fuma. Uma Sativa pura pode levar de 2 a 4 meses para florescer.

Cannabis Indica é uma planta ideal para plantio tanto em lugares fechados como a céu aberto, devido a sua menor necessidade de luz e baixa estatura, também oferecendo resistência a fungos e pestes, tendência a maturação precoce e densa produção de flores.Indicas são originárias de climas mais frios, exibindo características descritas à cima pela sua aclimatação ao ambiente nas quais foram criadas. Sua baixa estatura e folhas extremamente largas as fazem de fácil identificação. Uma indica geralmente produz uma onda forte e exaustiva, sedativa; podendo levar entre 45 e 60 dias para o término do florescimento.

Cannabis Ruderalis não é uma boa escolha tanto pra plantio interno quanto externo. Apesar da baixa estatura (chegando no máximo a 1,5m) e maturação rápida, as Ruderalis não produzem nem a quantidade nem a qualidade que se procura no florescimento. Uma pequena redução no ciclo luminoso, pode desencadear florescimento em uma planta precoce com 2 a 3 grupamento de folhas. Apesar disso a produção das Ruderalis não pode ser comparada com as subespécies tanto das Sativas, como das Indicas.
Existem também plantas feitas de cruzamentos entre as espécies, chamadas híbridas:
Híbridas podem carregar o melhor das variedades de cannabis, proporcionando tanto no tipo de onda como nos padrões de crescimentos e seus traços genéticos, apesar de algumas não conseguirem mantê-los. As Híbridas tem potencial para exibir ótimas características que se procura para plantio. Uma Híbrida bastante comum, tem uma onda forte, eufórica, energética, folhagem densa e de baixa estatura, fazendo dessa espécie de Híbrida uma ótima escolha para todo tipo de plantio e de sensações. Tudo é relativo a sua condições de plantio e de preferência pessoal de cada maconheiro.
Tente conseguir suas sementes de maconha online de bancos de semente renomeados. A melhor opção para brasileiros é comprar atravez do site Semente de Maconha.

Iluminação
A luz é necessária à uma planta na transformação de nutrientes em alimento. Tem ainda uma grande influência na produção de clorofila, taxa de crescimento, tamanho de folha e produção de sementes. A luz se torna uma dos aspectos mais importantes em sua operação de plantio. Para o propósito do plantio de marijuana existem dois tipos básicos de luz; Fluorescentes e Descargas de Alta Intensidade (HID) – incluindo Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor de Sódio (HPS)
HID x FLUORESCENTES
A diferença principal é que lâmpadas fluorescentes criam luz na passagem de eletricidade através de um vapor de gás de baixa pressão e HID criam luz na passagem de eletricidade através de um vapor de gás de alta pressão. HID são MUITO mais brilhantes e apesar de representarem um maior custo no começo, são mais eficientes na relação custo benefício e permitem uma melhor produção. Portanto, elas são a primeira escolha para a maioria dos agricultore em lugares fechados.
- FLUORESCENTES
Fluorescentes são encontradas nos mais variados formatos e tamanhos. Existem lâmpadas compactas, bulbos retorcidos e bulbos circulares. Todas trabalham da mesma forma. Elas possuem iniciador (starter) e reator embutido permitindo um envio regular e seguro de eletricidade para a luz. Antes das HID estarem disponíveis para plantio em lugares fechados, os plantadores usavam lâmpadas fluorescentes, que apesar de funcionarem durante todas as etapas de cultivo, não são aconselháveis para uso desta forma. Para plantio de forma efetiva com fluorescentes pense de forma pequena. Essas são lâmpadas indicadas para germinação, produção de raizes em clones e plantas pequenas, manter plantas mãe para propósito de clonagem e ainda prover iluminação lateral para o crescimento dos galhos inferiores. Essas situações não requerem uma luz de alta intensidade para se desenvolver. A luz emitida pelas lâmpadas fluorescentes é suave e mais difusa, não desprende uma grande quantidade de calor e não faz com que a planta trabalhe tanto. Por essa razão pode ser deixada próxima à planta. De três a cinco centímetros é o suficiente, porém devido a isso as luzes deverão ser ajustadas quase que diariamente, o que pode ser problemático.
- DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE (HID)
Existem basicamente três tipos de HID. Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor de Sódio (HPS). Essas lâmpadas também precisam de iniciador (starter) e reator.
Vapor de Mercúrio (MV) e o tipo de luz que era utilizados na iluminação das ruas no passado. Não é muito boa para plantio por não prover o espectro de luz correto. Enquanto ela produz um pouco do espectro azul, MV também produz muito calor para se deixar próximo a planta, sendo de operação muito ineficiente.

Vapor Metálico (MH)
 é uma fonte muito boa de espectro de luz azul/branco o que é ideal para o crescimento vegetativo. Muitos plantadores usam MH durante a fase vegetativa. MH é brilhante e de operação custo eficiente, porém não tão eficiente quanto as lâmpadas HPS. As potências mais utilizadas são de 400 e 1000 watts. Trabalham melhor quando combinadas com lâmpadas HPS.

Vapor de Sódio (HPS) é a melhor escolha de lâmpada hoje em dia para plantio de marijuana. HPS são muito brilhantes e muito eficientes. Esse tipo de luz tem um espectro vermelho/alaranjado que é ideal para a fase de florescimento. Com o suficiente desse tipo de luz você também poderá cultivar aqueles "camarões" gigantes. HPS são encontradas em várias potências de 70 até 1000 watts.
FOTOPERÍODO
Suas plantas deverão ser iniciadas no período vegetativo em um regime de luz de 24/7 ou 18/6. A razão para o regime de 18/6 é para deixar um período de escuro para as plantas descansarem e também poupar a sua conta de luz. A maioria das plantas se exaure após 16 horas de luz por dia. Ajustes deverão ser feitos de acordo com a necessidade das plantas. Para o florescimento 12/12 é a norma. Novamente, ajustes poderão ser feitos. Um mínimo de 12 horas de escuro é requerido para ativar o florescimento.
ERROS MAIS COMUNS COM A ILUMINAÇÃO
Não queime as plantas ao coloca-las perto demais das lâmpadas. Fluorescentes não emitem muito calor e podem ficar cerca de 3 a 5 cm de distância. HID emitem muito calor e precisam ficar a uma distância razoável. Um bom teste é colocar as costas da mão entre planta e a lâmpada por algum tempo, se houver sensação de desconforto é porque a lâmpada está perto demais. Existem algumas lâmpadas comuns que podem induzir a germinação, mas são inúteis para propósito de crescimento. Essa lâmpadas são: Qualquer incandescente (normal), halógena, luz negra e de aquecimento. Não perca tempo tentando plantar com essas lâmpadas, você apenas se desapontará.

Fórmulas para Cálculo de Iluminação
Para determinar corretamente a melhor iluminação do seu espaço existem várias coisas que você deve saber. A esta altura algumas definições se fazem necessárias:
Lumens – Um lumen equivale a quantidade de luz emitida por uma vela que incide sobre 1 pé quadrado (square foot) de uma superfície a um pé (1 foot = 0,30m ) de distância.
Watts – A medida da quantidade de eletricidade fluindo através do fio. Watts por hora medem a quantidade de watts consumidas em uma hora. Um Kilowatt/hora (KWH) é 1000 watts/hora.
Para determinar o custo de operação da sua luz:
Descubra o quanto é cobrado por Kwh na sua conta de luz. Imagine que você tem uma lâmpada de 1000 watts e paga $ 0,5/hora. Se um kilowatts equivale a 1000 watts, você pagará 5 centavos por hora para manter a luz acesa. Outro exemplo. Digamos que você tem uma lâmpada de 400 watts e paga $0,3/hora. Divida 400 por 1000 = 0,4 e multiplique por 0,3 = $0.012 por hora de luz.
Para determinar quantos lumens por pé quadrado:
Você tem que achar a área do seu espaço. (largura X comprimento = pé quadrado) Divida a quantidade de lumens disponíveis pela medida em pés quadrados da sua área. Exemplo: Digamos que você tenha um espaço de 3 pés de profundidade por 4 pés de largura = 12 pés quadrados, e o total de lumens das suas lâmpadas é de 45.000 lumens. 45.000/12 = 3.750 lumens por pé quadrado
Agora para a grande pergunta. Quanta luz eu necessito? A tecnologia tem avançado tanto nos últimos 15 anos que nós estamos constantemente refinando o processo e atualizando o que sabemos que funciona melhor para o plantio. A teoria atual diz que o mínimo de luz necessária para sustentar o crescimento é de 2.000 lumens por pé quadrado. A média seria de 5.000 lumens por pé quadrado. O ideal seria 7.000-7.500 ou mais por pé quadrado.
Para determinar o quanto de luz você precisa em watts:
A regra geral para definir a quantidade de luz para uma área, é um mínimo de 30 watts por pé quadrado. 50 watts por pé quadrado e ideal. Você pode determinar a quantidade luz para a sua área usando essa fórmula: 30 watts (ou 50) X ? (sua área) em pés quadrados. Exemplo: Você tem uma área de 10 pés quadrados 30w X 10 s.f. = 300 watts/por pé quadrado ou 50 watts X 10 s.f. = 500 watts por pé quadrado (ideal). Lembre-se que lâmpadas fluorescentes são mais fracas e emitem menos luz que as HID. Isso significa que você precisará 5 vezes mais watts para igualar uma lâmpada HID. Então, 30 watts de HID seriam iguais a 150 watts de fluorescentes. Por isso é advertido que se utilize o mínimo de 30 watts por pé quadrado para luzes HID e um mínimo de 150 watts para Fluorescentes.
Isso tudo é muito importante pois a intensidade da luz irá afetar diretamente a qualidade e a produção de sua colheita. Se você tiver menos do que o ideal, sua colheita e potência serão reduzidas e os "camarões" não serão tão densos. Essa questão nunca é de mais repetir. Você deve ter a quantidade de luz certa para o seu espaço, para poder colher "camarões" de alta qualidade. A questão as vezes pode ser, "Posso ter luz demais?" A resposta básica é não. De acordo com a lei de retornos minorados, você poderia teoricamente alcançar um ponto onde as plantas não conseguiriam mais absorver a luz, porém seria impossível ter essa quantidade de luz em seu espaço. O calor se tornaria um problema bem antes de você atingir esse ponto. Então use quantas lâmpadas puder, apenas controle o calor.
Experimentação é o único método para determinar a melhor solução para cada planta. Se a planta não estiver recebendo luz suficiente, ela começará a crescer de forma desproporcional como se estivesse se esticando para buscar luz e a folhagem se torna verde pálida. Ou, se elas necessitam ser movidas para perto da luz, ou aumentado o período de exposição à luz, elas podem ter problemas como folhas e flores descolorindo ou queimadas. Folhas poderão se tornar super compactas e enroladas nas pontas.

Germinação
Então você está com as sementes em mãos. Agora você se pergunta o que fazer para começar o plantio. Se você comprou sementes de um banco reconhecido então você pode ter certeza que elas estão prontas para germinar, já que todas passam por um processo de seleção. Porém, se você descolou sementes que vieram no seu bagulho prensado, você deverá fazer algumas verificações simples para saber se as sementes são viáveis ou não. Uma forma de testar, é gentilmente apertar a semente entre o seu dedo indicador e o polegar. Se ela desmanchar, então não está boa. As brancas e secas estão imaturas e quebrarão com facilidade. As sementes verde escuro, verde ou marrom são mais aptas a germinar. Você não poderá destinguir o sexo da planta apenas olhando a semente. Existem algumas teorias por aí, porém não existe nenhum sinal físico característico nas sementes para se distinguir machos de fêmeas.
Alguns gostam de germinar usando métodos como o do papel toalha, antes de colocar no vaso. Isso é para assegurar que as sementes estão no ponto, mas se você desejar poderá plantá-las direto no solo. Para germinar em papel toalha, simplesmente coloque a semente entre duas folhas de papel toalha embebidas em água mineral ou destilada, dentro de um Tupperware ou recipiente com tampa. Deixe o recipiente em um lugar que aja propagação de calor, como em cima da geladeira ou do monitor do computador. Verifique varias vezes por dia e veja se as sementes estão rachadas e uma pequena raiz branca começou a surgir.
Após a germinação você verá uma pequena raiz branca saindo do meio da semente. Cave um buraco pequeno no solo (use um lápis para fazer um pequeno buraco). Quando estiver plantando a semente tenha certeza de que a profundidade do buraco não ultrapassa meio centímetro e só então coloque a semente dentro. Assegure-se que a raiz ou o lado pontudo da semente está apontando para o fundo ao colocar no solo. Cubra o buraco com terra solta (Não achate!) e mantenha a terra húmida (Não encharque!). Você deverá permitir pelo menos 10 cm de espaço vertical no fundo para a raiz crescer. Coloque uma semente por copo de 500ml ou vaso de 4 litros, e coloque-o embaixo das luzes. Comece com um ciclo de luz de 24/7 (24 horas ligada por 7 dias da semana). Você deverá ver os brotos de 2 a 14 dias dependendo das suas condições individuais e método de uso. Para resultados mais rápidos tente manter a temperatura em 26 graus Celsius. Você verá uma taxa de germinação menor com 21 graus Celsius, porém ainda assim é aceitável, a semente só levará mais tempo para brotar.
O broto emergirá com duas folhas primordiais (cotilédones). Essas folhas são pequenas, lisas e arredondadas e serão seguidas de um par de folhas serradas individuais. A distância da luz dependerá de qual tipo esta sendo usado por você. Se for fluorescente, coloque de 3 a 5 cm de distância de seu broto. Se for HPS ou MH ajuste de acordo com a temperatura, fazendo o teste da mão. Esses tipos de luzes costumam secar o solo rapidamente, fique de olho.
Atenção! Não coloque adubo ou fertilizante durante os primeiros estágios de crescimento. (primeiras 3 semanas) Esses estágios são muito frágeis, e não precisa muito para se cometer um erro fatal. Lembre-se assim como na sua vida, as plantas também precisam lidar com uma série de coisas ao mesmo tempo, quanto menos coisas você tiver que lidar menor a chance de problema. Mantenha a filosofia de menos é mais.

Crescimento Vegetativo e Florescimento 

Assim que sua luz estiver ajustada e as folhas começarem a surgir, você estará entrando no período vegetativo. Só regue a planta quando o solo estiver totalmente seco até o fundo do vaso. Você poderá checar colocando o dedo em um dos buracos de drenagem no fundo, sentindo se está húmido, ou usando um medidor de humidade. Um palitinho de comida chinesa serve para teste improvisado, coloque-o até o fundo do vaso próximo a lateral para não acertar nenhuma raiz, e retire-o em seguida. Se a ponta que tocou o fundo voltar suja, ainda existe humidade no vaso. Deixe secar mais um pouco antes de regar novamente.
Talvez o melhor método seja esperar a planta dizer que quer água. As folhas ficam meio murchas com aparência de "sede". A razão deste método ser preferido, tem duas partes: 1- Você estará seguro de não "afogar" a planta e 2- Esperando o solo secar até o fim, você estimulará o desenvolvimento das raízes à procura de água. Mais raízes = planta maior e mais forte = mais e melhores "camarões".
Provavelmente o erro mais comum entre iniciantes é "afogar" a planta. Regando em excesso causará à planta um crescimento pobre e se continuado pode levar ao apodrecimento da raiz e morte. Tome cuidado se você está começando com um pote muito grande. Ao regar em excesso um planta pequena em um pote grande, ela não conseguirá absorver toda a água, o solo poderá parecer seco na superfície, porém no fundo pode estar se formando lama, levando ao apodrecimento da raiz. Uma planta que não é regada o suficiente é muito mais saudável do que uma regada em excesso. Também é mais difícil recuperar uma planta "afogada" do que uma com "sede".
Como regra deve se usar 2 cm de cascalho ou outra mistura apropriada de alta drenagem, no fundo para evitar o afogamento da planta. É recomendável que se coloque um ventilador em cima da planta assim que ela sair do solo, isso simula o vento e estimula o fortalecimento do caule levando a uma planta mais vigorosa que aguentará o seu próprio peso no período de florescimento. Caules grandes e fortes = planta grande e forte = mais e melhores "camarões".
A temperatura poderá ficar entre 21 e 30 graus Celsius sem danificar a planta. Para o solo, o Ph deverá variar entre 6.3 e 6.8, geralmente. A humidade relativa deverá ficar por volta de 60% no período vegetativo. Durante este período alimente sua planta com um fertilizante rico em Nitrogênio (N). Existem vários produtos ricos em Nitrogênio, comece utilizando ¼ da dosagem recomendada pelo fabricante aumentando gradativamente na medida que a planta responde ao crescimento. Entupir de fertilizante não fará a planta crescer mais rápido e sim poderá queimá-la. Procure fertilizantes com uma taxa de NPK de 2-1-1. NPK é o padrão em embalagens de fertilizante com a taxa dos três maiores nutrientes necessários à planta: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Para esse período da planta procure um fertilizante com o dobro de N em relação a P e K. Assim que a sua planta chegar por volta dos 30 cm ou 4 a 6 semanas de idade, você poderá começar a notar a alternância de folhas dos nós (junção dos galhos e o caule). Quando os galhos superiores começarem a alternar é um sinal que a planta atingiu a maturidade e está pronta para o florescimento.
Se você optou por deixar a planta no ciclo 24/7, deixe a planta crescer pelo tempo que você desejar. Uma planta costuma duplicar, triplicar e até quadruplicar de tamanho no período de florescimento. Sativas costumam quadruplicar enquanto Indicas geralmente duplicam de tamanho. Algumas espécies de marijuana precisam de 8 semanas de crescimento vegetativo. Sua altura, colheita e potência dependerão do tipo e da forma de crescimento. Como o nosso objetvo é a flor ou "camarão", evite criar muitas plantas ao mesmo tempo, a não ser que você tenha luz suficiente para todas elas. Dessa forma elas não ficarão com caules alongados e "camarões" somente na parte superior.
Lembre-se, você só pode conseguir flor ou "camarão" de uma planta fêmea, então mantenha seu foco nas "minas". Para poder descobrir o sexo da planta, consiga um timer e coloque as luzes em um ciclo de 12 horas ligadas e 12 horas apagadas. Utilizando um timer é muito mais simples controlar o ciclo do que manualmente, além de mais preciso. Assegure-se de que sua planta receba 12 horas completas de escuridão nesse estágio. Qualquer interrupção poderá adiar o descobrimento do sexo por dias ou até semanas e afetar a sua produção severamente. O período de florescimento pode levar de 2 a 3 meses.
Durante o período de florescimento, sua planta necessita de nutrientes com alto teor de Fósforo (P). Existem vários produtos com alto teor de P, geralmente comece diluindo ½ da dosagem recomendada pelo fabricante. A humidade relativa ideal é entre 40 e 55% para esse estágio.
Por volta de 14 dias no ciclo 12/12, você pode começar a procurar por pequenos pistilos ou "pêlos" brancos (indicativo de fêmea) ou pequenas bolas (indicativo de macho) crescendo na base de cada nó. Os pistilos crescem até 0,5 cm, sendo facilmente visíveis, aparecendo aos pares um de cada lado do nó. As bolas crescem também na base de cada galho, aos grupos, parecendo pequenas cornetas, antes da forma final arredondada. Nas bolas está o pólen. Assim que você identificar um macho, remova-o de sua área, para permitir as fêmeas mais espaço e mais luz. É nesse estágio que se formam os "camarões", e a medida que o tempo passa eles vão aumentando de tamanho e necessitando de mais fertilizante. É altamente recomendável que se pare de usar fertilizantes 2 semanas antes da colheita. Para assegurar que toda a química dos produtos já foi absorvida pela planta. Se uma planta ainda estiver com química no período de colheita, o fumo será muito amargo e áspero na garganta. Para evitar essa aspereza, enxague a planta com água corrente, na medida de 4 vezes a capacidade de seu vaso, 2 semanas antes da colheita. Exemplo: Um vaso de 4 litros pode ser enxaguado com 16 litros de água.
Você pode tentar fumar uma planta macho, ou fazer óleo de haxixe, porém o objetivo principal é a flor ou "camarão" rico em THC e agradável de fumar. Em pouco tempo você estará colhendo sua planta, quando ela atingir o ponto onde o crescimento pára, começando a inchar e amadurecer.

Colheita, Secagem e Cura

A colheita, a secagem e a cura de uma planta de cannabis madura são o clímax da experiência de plantio, e os últimos passos na proclamação da independência do mercado negro.

Veja aqui o video da a colheita da variedade Orange Bud:
Apesar destes serem os últimos passos, são os mais críticos para o produto final. A colheita, por exemplo, dependendo da habilidade do cultivador em julgar a maturidade da planta, pode diminuir ou aumentar decisivamente os níveis de THC, assim como os níveis de CBN e CBD.
A cannabis é colhida quando as flores estão maduras. A melhor indicação de maturidade é a cor dos pistilos das flores. Durante o curso do período de florescimento, esses pistilos começam a morrer e dependendo da espécie da planta, modificam suas cores para tonalidades de marrom, laranja etc. Muitos cultivadores escolhem colher a planta quando 60 a 75% dos pistilos ou "pêlos" mudaram de cor. O tempo ideal de colheita varia de acordo com a espécie de cannabis, então a melhor forma de saber a hora de colher é através da experimentação. Tente colher amostra das flores durante períodos diferentes durante o florescimento (Uma com 6 semanas, outra com 7 semanas, etc) para determinar qual o melhor período de sua escolha.
Quando colhidas antes do tempo, as flores de cannabis contém baixa concentração de CBN e CBD, porém mantendo alta concentração de THC. Para alguns, as flores imaturas são desejáveis por manterem altas doses de THC, provocando uma onda "pra cima" e cerebral.
Quando colhidas em estado mais maduro, os níveis de THC caem e aumentam os níveis de CBN e CBD. Essa flutuação causa uma onda mais introspectiva e chapada. Travado no sofá.
O produto final da planta depende diretamente da sua escolha do período de colheita, nutrientes que você forneceu durante a vida de sua planta, o tempo vegetativo permitido, mistura de solo/solução hidropônica usada, e muitas outra variantes. Tenha em mente que um "camarão" pesa mais quando totalmente maduro e recém colhido. Após a secagem e cura apropriada a média de perda de peso pode chegar a 75% do peso original.
Por impaciência, a maioria dos cultivadores novatos querem colher flores cedo. Tudo bem! Certifique-se, porém, de colher flores do meio pra cima da planta. Permita ao resto, continuar a maturação. Frequentemente o topo da planta atinge a maturidade primeiro, colha isso e permita o término da maturação. Você notará as flores inferiores se tornando maiores e mais resinosas ao atingir a maturidade completa. A produção de um modo geral pode ser aumentada dessa forma, ao permitir que os galhos inferiores recebam maior quantidade de luz e por isso mais atenção dos processos químicos internos da planta.
Use uma lente de aumento e tente ver os tricomas entroncados (pequenos cristais de THC sobre a flor). Se a maioria estiver clara, e não marrom, o ápice do buquê floral está próximo. Quando a maioria desses tricomas atingirem uma coloração marrom, os níveis de THC estarão caindo e a flor estará perdendo potencial, declinando rapidamente com a exposição à luz e ao vento. Não colha tarde de mais! Observe as plantas e aprenda o tempo ideal de colheita no ápice da potência floral.
A manicure costuma ser a parte mais tediosa do processo de cultivo. É o ponto onde você remove todo o excesso de folhas e galhos indesejados de suas flores. Pode ser feito de duas formas, com a planta seca ou ainda verde. A manicure verde costuma ser mais limpa, com as folhas ainda húmidas não se faz muita sujeira, enquanto a manicure seca pode virar um chiqueiro.Utilize um par de tesouras ou alicate afiado e limpo para remover o excesso. Comece pelas folhas maiores e movendo gradativamente para as menores, para facilitar o serviço.Algumas pessoas costumam cortar em volta da flor como se estivessem fazendo um corte de cabelo, deixando apenas a "pepita" de THC.
Não seque as flores de cannabis ao sol, esse processo reduz a potência dos "camarões". Seque lentamente suas flores pendurando-as ou deitando-as em uma área ventilada, é só o que é preciso para assegurar uma grande sensação. A Flor é muito mais agradável ao paladar quando secada vagarosamente durante algumas semanas, dependendo da densidade das flores. As mais gordas e pesadas levam mais tempo.
Se você não resistir e a pressa falar mais rápido, você pode secar uma pequena quantidade entre folhas de papel ou saco de papel (Ex: saco de pão) no microondas. Fique de olho para não tostar as bichinhas. Apesar de conveniente, o resultado final será um fumo amargo e áspero de gosto desagradável, já que a clorofila não teve a chance de se transformar em amido e açúcar.
Uma boa indicação de um "camarão" bem seco é o caule. Se você puder envergar um pouco o caule antes dele quebrar, é sinal que a flor está pronta para cura. Essa é outra fase crítica da experiência de cultivo. Uma flor bem curada é muito mais potente do que uma que não foi curada.

Seguindo um processo simples pode se conseguir um ótimo sabor de fumo e uma viagem inesquecível. Jarras de vidro, latas de metal ou Tupperware, além de outros potes podem ser usados para curar suas flores. Coloque as flores propriamente secas no pote de sua escolha e deixe descansando em um lugar fresco e escuro. Remova a tampa do pote diariamente e vire as flores, permitindo que o dióxido de carbono escape. Repita esse processo por cerca de 2 semanas, o até alcançar o gosto e/ou potência desejados.
Veja aqui o video da a colheita da variedade Mazar:
Finalmente, assegure-se de manter as suas flores secas e curadas longe da exposição de calor ou luz. Fazendo isso você terá a garantia de longa vida de sua própria colheita! Boa Sorte!

Plantio ao Ar livre

Para muitos cultivadores, o plantio ao ar livre é o melhor método. Ele produz "camarões" mais potentes e ao contrário do plantio em estufas, você poderá cultivar "monstros" de 4 metros de altura se as condições forem favoráveis. Sendo a cannabis uma planta naturalmente robusta e de crescimento rápido, ela irá prosperar com bastante sol, mas também produzirá satisfatoriamente com apenas 5 horas de sol direto diariamente. Os raios solares, por terem grande penetração, alcançarão tanto a parte superior como a parte inferior da planta, permitindo um crescimento uniforme quando diretamente expostas ao sol.
Da semente à colheita, o plantio ao ar livre pode ser longo, e apesar de muito prazeroso, o cultivador poderá enfrentar vários problemas. Nos 6 meses ou mais que a planta leva para se desenvolver, chuva e vento podem danificar as flores e animais silvestres e insetos podem comer e destruir sua planta completamente. Essas questões devem ser consideradas e o cuidado redobrado para se evitar problemas.
Entre os muitos benefícios do plantio ao ar livre estão: Não precisar se preocupar com conta de luz, orçamento de estufa, exaustores, luzes, regulagem periódica dos ciclo diurno/noturno, etc. Porém os fatores mais importantes a serem levados em consideração são: Segurança, máxima necessidade de luz direta, qualidade do solo da área escolhida e disponibilidade de água. A junção desses fatores ajudará o cultivador a escolher o melhor local para sua área de plantio. Exposição solar é o primeiro fator ao se localizar um lugar, então tente achar um local inóspito onde o sol incida diretamente pelo maior período de tempo. Se for necessária a escolha entre o sol da manhã e o da tarde, já foi provado que o sol da manhã tem maior penetração. A exposição ideal seria entre às 8 da manhã até às 15 horas, embora entre às 10 e 16 horas seja suficiente. Áreas abertas tem maior exposição solar, porém se for em um terreno inclinado, o lado sul terá maior incidência. Tenha em mente que a luz solar em grandes altitudes é mais intensa devido ao ar rarefeito. A exposição Leste/Oeste é benéfica para se conseguir o sol da manhã e da tarde.
Existem muitas precauções que o cultivador deverá tomar para proteger sua colheita de saqueadores e da lei, incluindo podar os galhos para disfarçar o formato característico da planta de cannabis, além de plantar outras espécies em volta, como soja, tomate, bambú, cana de açúcar, etc.
Quando o cultivo estiver longe de sua casa, numa área inóspita, o acesso à água pode ser problemático. Após a escolha do lugar, longe dos olhos curiosos e com sol em abundância, esse deverá ser o próximo fator em consideração. É preciso que haja uma fonte de água por perto ou pelo menos próxima da superfície, já que de outra forma você deverá carregá-la. Água é pesada e regar dessa forma dará muito trabalho, além dos riscos de se andar até as plantas a cada 4-5 dias em pleno verão. O cenário ideal seria canalizar água de uma fonte em um terreno mais acima, e criar um sistema de gotejamento para alimentar suas plantas em um intervalo fixo. Um pouco de engenharia e criatividade pouparão muito trabalho. Você também deverá decidir se irá plantar direto no solo, que é de longe a melhor opção, ou usar vasos grandes. Plantando direto no solo exclui a possibilidade de raízes emaranhadas e a necessidade de transplante. Embora plantar em vasos permita a mudança de lugar caso a segurança de sua colheita esteja ameaçada, também facilitará a vida de eventuais saqueadores. Uma forma de se impedir isso seria enterrando os vasos.
Uma vez tomada a decisão do lugar apropriado, você deverá começar cavando um buraco grande com pelo menos ½ metro de profundidade. Quanto maior melhor, e se você encontrar raízes de árvores, lembre-se de cavar o buraco o mais largo possível. A qualidade do solo deverá ser analisada, muito embora não exista um tipo de solo perfeito para cultivo de cannabis. Diferentes variedades de espécies crescem em diferentes tipos e condições de solo. Seu objetivo será um solo aerado e de boa drenagem, com alta disponibilidade de nutrientes e com Ph médio. Alguns cultivadores procuram manter o Ph entre 6.3 e 6.8. A planta de cannabis cresce de forma pobre em solos muito compactados, com pouca drenagem e Ph extremos. Você poderá melhorar o terreno misturando condicionadores de solo e compostos orgânicos.
Plantas criadas em solo ao ar livre, crescerão muito mais e necessitarão de mais espaço do que plantas de estufa. O espaçamento entre as plantas dependerá da espécie, e também se a planta será podada em seu topo ou não. Plantas podadas no topo crescem com uma base mais ampla, as vezes com o dobro de tamanho de uma planta não podada. Quanto mais espaço disponível entre as plantas, maior será a incidência dos raios solares, por conseguinte o aumento de sua produção.
Veados, Roedores e Insetos

Veados – Costumam ter um olfato aguçado, seis vezes superior aos cachorros. Veados são sensíveis ao cheiro característicos de seus predadores, como pêlos e urina. Coloque uma garrafa com pequenos furos na parte superior, cheia de urina e bolas de algodão, então pendure com fio de nylon no perímetro onde estão suas plantas. Renove a garrafa a cada 3-4 semanas. Outras formas de espantá-los, seria usando fios de cabelo humano amarrados no caule, ovos podres espalhados em volta ou sabonetes de cheiro forte. Esse métodos deverão ser renovados a cada chuva. Um dos métodos mais simples consiste em fazer uma cerca com apenas uma linha de nylon, aproximadamente 1 metro acima do solo, em volta do terreno de suas plantas. Veados temem o que eles sentem mas não podem ver. Cercas em volta das plantas também podem funcionar mas lembre-se que veados conseguem saltar bem alto. Tente combinar 2 ou 3 métodos descritos acima para se certificar de que suas plantas estarão a salvo dos veadinhos....
Assim como veados os roedores temem os mesmos predadores, os métodos de cheiro de pêlos e urina também deverão funcionar contra eles. Porém existem algumas dicas especificas:
Coelhos – Evitam o cheiro de vinagre, por isso use sabugos de milho verde encharcados com vinagre e espalhe em volta do terreno. Os sabugos podem ser reutilizados. Espalhe uma mistura de pimenta do reino, caiena e páprica no solo em volta das plantas, isso assustará os coelhos fuçando sua colheita, porém esse método deverá ser renovado a cada chuva.
Gambás – Cercar a área com uma fronteira horizontal de materiais que os gambás não gostam de andar sobre, tais como plástico preto amassado, jornal, papel alumínio ou tela de galinheiro levemente acima do solo. Prenda-os com tijolos, pedras ou pinos de metal. Vinagre e bolas de naftalina também funcionarão contra eles.
Esquilos – Não serão problema até a fase de florescimento. Para repelir esquilos, misture flocos de naftalina, gesso e pimenta do chile. Espalhe ao redor da área de cultivo.
Ratos e Ratazanas – Essas criaturas podem arruinar totalmente sua colheita se elas entrarem no recipiente onde você guarda o seu produto final e comê-lo. O que os ratos não conseguem comer, eles defecam em cima, arruinando da mesma forma. Folhas de hortelã secas ou frescas são ótimos repelente, além de aromatizar seu produto.
Cães e Gatos – Se você tem uma certa dificuldade em manter o Rex ou o Félix longe do seu cultivo, aqui vão algumas dicas que não farão mal aos seus animais: Tente assustá-los com ratoeiras de cabeça pra baixo no solo. Isso funcionará não apenas com eles, mas com outras criaturas selvagens também. Mistura de pimentas também poderá afastá-los.
Lesmas – Em geral são comuns e podem até destruir suas plantas, não existindo um meio efetivo de se livrar delas. Sapos, rãs e besouros são inimigos naturais das lesmas e serão bem vindos nas redondezas de seu jardim. Barreiras físicas são boas opções, mantenha em volta de seu jardim, cascas de ovo ou serragem. Manter um prato com sal pode ser uma forma de exterminá-las. Ou enrolar um pedaço de arame em forma de espiral na base de sua planta, isso impedirá as lesmas de alcançarem as folhas.
Insetos Comuns – Receita de repelente orgânico que funciona bem com a maioria deles.
Ingredientes:
3 pimentões verdes
2 ou 3 dentes de alho
3/4 Colher de sopa de detergente líquido
3 copos d’água
Bata os pimentões e o alho no liquidificador e coloque o purê em um recipiente de borrifar junto da água e do detergente. Deixe por 24 horas e depois coe o purê. Borrife as plantas infestadas, tomando cuidado para não atingir as folhas.
Pulgões – Bata uma cebola e 2 dentes de alho no liquidificador com água, coe e borrife a planta protegendo as folhas.

Hidroponia

Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um meio de pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e vermiculita. O tipo de meio escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu para cultivar suas plantas. Alguns métodos não usam meio nenhum. Existem muitas vantagens em se usar o método hidropônico. Em primeiro lugar, o crescimento é mais rápido, já que está se provendo os elementos exatos que sua planta precisa, em segundo, geralmente as raízes não se embaraçam ao procurar por nutrientes, já que eles são fornecidos diretamente. Como as coisas ocorrem mais rapidamente no cultivo hidropônico, você deverá fazer visitas diárias ao seu jardim para verificar o que está ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda.
Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa, geralmente deve-se usar um alimento hidropônico específico, porém qualquer alimento a base de sais minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo com as instruções do fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida se você alimentá-las em excesso. Os nutrientes são geralmente vendidos como concentrados que deverão ser diluídos em água, nunca coloque-os diretamente nas suas plantas por serem concentrados fortes demais. De um modo geral você deverá enxaguar as suas plantas uma vez por mês para remover o excesso de salinidade que se forma. A medição do Ph é muito importante em sistemas hidropônicos, um aparelho de medição eletrônico se faz necessário para sistema ativos, porém em sistemas passivos, um kit para teste de Ph em aquários, poderá ser uma solução mais barata.
O alvo é manter o Ph entre 5.5 e 6.1 o tempo todo em sistemas hidrôponicos. No período vegetativo procure manter a solução mais ácida em 5.5 e no período de florescimento aumente até ficar entre 5.9 e 6.1, para que a planta absorva todos os nutrientes necessários. Para baixar o Ph deixando a solução mais ácida, use Ácido Fosfórico ou aumente o Ph para uma solução mais alcalina usando Hidróxido de Potássio, disponíveis em lojas de jardinagem ou produtos agropecuários. A concentração de nutrientes é verificada por um medidor de partículas (PPM) disponível em lojas de produtos hidropônicos. Os iniciantes podem simplesmente seguir as instruções do fabricante de sua solução de nutrientes.
Existem dois tipos de Sistemas Hidropônicos, Passivo e Ativo:
Sistemas Passivos - São simples e de mais fácil utilização, além de mais baratos. Você pode adquirir um pote de 4 cm de profundidade, uma mistura de perlita e vermiculita, uma pequena lâmpada fluorescente e você já estará plantando. Algumas pessoas podem cultivar em ambientes externos usando esse método e obter o mesmo tipo de resultado. Métodos passivos de cultura utilizam granulados de perlita e vermiculita como meio ou ainda qualquer outro material do gênero. A planta deverá ser regada manualmente quando a mistura estiver seca 2cm abaixo da superfície. Você poderá testar colocando o dedo e verificando a humidade. Outro método passivo simples, é o sistema de pavios (panos retorcidos), consistindo de um pote colocado sobre uma pequena bandeja de nutrientes, os pavios saindo do fundo do pote até a bandeja, mantendo a mistura húmida e fornecendo nutrientes o tempo todo. Outra opção e uma bacia dentro de outra bacia. Faça buracos no fundo da bacia superior e passe os pavios por eles até tocar os nutrientes na bacia inferior. Coloque uma mistura de perlita e vermiculita na bacia superior e você já estará plantando. A solução, nesse tipo de método, deverá ser trocada a cada 3 ou 4 dias por uma nova solução
Um sistema de bloco de lã simples pode ser feito utilizando-se uma bandeja, como as utilizadas para manter areia para gatos. Corte um bloco de lã ao meio e ponha no meio da bandeja, em seguida encharque-o com uma solução de nutrientes com Ph ajustado para 5.5 e deixe por 24 horas. A vantagem da lã é que pode-se comprar pequenos cubos feitos para plantar sementes, ou preparar clones, e em seguida abrir um buraco no bloco de lã, colocando um cubo dentro, as raízes sairão do cubo e passarão para o bloco. Você precisará fazer um buraco no fundo da bandeja para permitir que o bloco seja drenado, mantendo-o apenas húmido. Para drenar o bloco basta inclinar a bandeja. Lembre-se de enxaguar o bloco de lã com pelo menos 20 litros de água a cada 2 semanas.
Sistemas ativos - São os que utilizam bombas para de um certo modo fazer com que os nutrientes circulem, isso pode ser tão simples quanto um reservatório de 40 litros com nutrientes no fundo, em cima, uma bandeja acomodando 6-7 potes. Um tubo preso à bomba e saindo do fundo do reservatório se conecta à mangueira ou cano que distribui a solução para cada um dos vasos. Um buraco no fundo da bandeja permite que o excesso de solução volte para o reservatório. Todos os sistemas ativos tem boa performance, porém são mais caros no início, a vantagem é que os nutrientes são continua ou periodicamente bombeados e distribuidos às plantas, resultando em crescimento/florescimento rápido. Esses sistemas exigem um maior trabalho diário porém não são difíceis de se dominar com paciência e prática.
Cultura em Água Profunda (Deep Water Culture) é um sistema onde os potes ou cestas são suspensos 2 cm acima do nível da solução de nutrientes, e uma bomba de ar de aquário é colocada no fundo para que as bolhas renovem o ar da solução que alimenta as plantas, enquanto constantemente nutridas o crescimento pode ser extremamente rápido. A versão de alta performance desse sistema se chama Sistema Aeropônico.
Sistemas Aeropônicos costumam ter pequenos potes de 4 cm, furados como cestas e enchidos com argila expandida ou cascalho arredondado, para que as raízes desçam pelos buracos do pote até tubos ou reservatórios opacos, enquanto pequenos aspersores borrifam gotas microscópicas da solução de nutrientes para serem absorvidas pelas plantas. Pode-se comprar pequenas bombas de ar de aquários com mangueiras de plástico para arejar a solução de nutrientes e mantê-las balanceadas. Uma outra opção é usar aquecedores de aquário para manter a água aquecida por volta de 21 graus Celsius.
Não importando o método escolhido para cultivar a planta ou plantas, existem pequenas coisas que nós devemos lembrar sobre hidroponia: O meio utilizado para as plantas nunca deve ser saturado por um período muito longo, isso é especialmente importante em blocos de lã ou potes com perlita/vermiculita, água em excesso pode afogar a planta. Não é preciso superalimentar as plantas para fazer com que elas desenvolvam "camarões" maiores. A planta de Cannabis só absorve o que ela precisa, não podendo ser alimentada à força, excesso de nutrientes só significarão folhas queimadas e saúde fraca. Mantenha suas plantas saudáveis, removendo folhas mortas e prevenindo o surgimento de pragas. Algas verdes poderão surgir no meio escolhido por você, para evitar o inconveniente, cubra o bloco de lã ou os potes e o reservatório com plástico preto para impedir a entrada de luz.

Em breve na seção Técnicas Avançadas, tutoriais de construção de sistemas ativos.

Nutrientes Orgânicos

A primeira razão para se utilizar nutrientes orgânicos em vez de químicos, é porque a chance de se queimar as plantas (superfertilização causando problemas ou morte) é quase zero. Ao alimentar com substâncias orgânicas, a planta só absorverá o que ela necessita, deixando o resto no solo. Adicionalmente, fertilizantes orgânicos são quebrados lentamente por microorganismos do solo, o que assegura um suprimento constante para suas plantas; além disso, ter muitos microorganismos presentes no solo é benéfico para o solo e consequentemente para suas plantas também.

Fertilizantes químicos, por outro lado, são altamente solúveis e geralmente encontrados com uma maior concentração do que fertilizantes orgânicos. Após aplicados no solo, eles são rapidamente absorvidos pelas raízes. Por sua alta concentração, essa ação rápida irá causar uma dosagem tóxica dos nutrientes, se for usado em excesso, levando a problemas ou até a morte da planta. Ainda por cima, fertilizantes químicos deixam resíduos salinos no solo. Se a planta não for enxaguada periodicamente (cada 1-2 meses), esses sais podem se acumular em níveis perigosos para a planta. (Nota – Se o solo não for enxaguado um pouco antes da colheita, o gosto de seu fumo será afetado negativamente.) Finalmente, fertilizantes químicos tem um efeito devastador nos microorganismos do solo, incluindo minhocas.
Além das questões de química do solo e da absorção de nutrientes, existe pouco o que questionar sobre o benefício da utilização de substâncias orgânicas ao meio ambiente, mesmo plantando em estufa. Fertilizantes orgânicos tais como, farinha de osso, emulsão de peixe, esterco, húmus, etc, são renováveis. O petróleo, de onde os fertilizantes químicos são sintetizados, não é.
Para o cultivador ao ar livre, a opção do tipo de fertilizante tem um efeito ainda mais profundo. A chave do sucesso de um plantio bem sucedido e a saúde do solo. Fertilizantes químicos tem um efeito adverso na vida do solo, diminuindo a biodiversidade e a força do solo, e por serem muito mais solúveis do que os orgânicos, são frequentemente enxaguados pela água da chuva ou excesso de água ao regar. Além de serem perigosos para suas plantas, causam problemas de poluição em potencial, por exemplo, as algas tóxicas que surgem em lagos e lagoas são constantemente associadas com fertilizantes químicos que "vazam" para o lençol freático atingindo córregos e nascentes.
Fertilizantes orgânicos também tem o seus senões, especialmente para o cultivo em lugares fechados. Alguns deles, como a emulsão de peixe em particular, tem um odor forte que pode incomodar narizes delicados. (Muito embora, medidas de segurança envolvendo filtro de ar e ionizadores devam manter os cheiros em seus devidos lugares...). Além disso, por desenvolverem a vida orgânica do solo, podem ocorrer problemas com insetos e particularmente fungos. Finalmente, alimentos orgânicos requerem uma maior dedicação de tempo e esforço por parte do usuário. A grande vantagem dos químicos é a praticidade.

Notas sobre alguns fertilizantes orgânicos mais comuns:
Farinha de Sangue: 13 - 0 - 0
Possui uma das maiores concentrações de Nitrogênio de todos os fertilizantes orgânicos, e por isso se constitui na melhor escolha para o crescimento vegetativo. Em sua forma de ação seca e lenta, pode ser misturada ao solo na proporção de 1 a 2 colheres de sopa por 4 litros de solo. Sua versão solúvel é a mais utilizada, por sua ação rápida sem o risco de se queimar as plantas como os fertilizantes químicos. Para fazer o chá de farinha de sangue, deixe uma colher de sopa de molho em 4 litros de água, por 5 ou 7 dias. Quanto mais tempo maior a concentração de N. Agite bem, coe o resíduo sólido, e regue suas plantas.
Farinha de Ossos: 1 - 11 - 0
Por sua alta concentração de fósforo, é mais indicada para o período de florescimento, porem por ser de lenta dissolução, é recomendado que seja adicionado ao solo ainda na fase vegetativa. (Talvez o melhor seja misturar somente no solo do último transplante.) Um dos cuidados com a farinha de ossos, especialmente na Europa, é o medo de contágio da doença da vaca louca. Muito embora ainda não tenha sido provado, vale ter isso em mente.

Emulsão de Peixe: 5 - 1 - 1
É uma solução liquida feita de peixe decomposto e as vezes outros ingredientes. É um fertilizante extremamente gentil e a melhor escolha como o "primeiro fertilizante" para se usar em plantas jovens. Sua taxa de NPK é ideal para o estágio vegetativo. Pode ser diluído em água na proporção de 1 a 3 colheres de sopa por 4 litros de água.
Húmus: 0.5 - 0.5- 0.3
Também conhecido como o bom e velho cocô de minhoca, talvez seja o melhor fertilizante orgânico no cômputo geral. Apesar do baixo nível relativo de nutrientes, húmus por alguma razão tem um excelente efeito no vigor das plantas, tendo seu efeito reconhecido por todos que o utilizam. Por ser bastante gentil, pode ser usado em plantas recém germinadas por também conter micronutrientes. Pode ser misturado ao solo na proporção de 15% do volume total ou feito chá (1 parte de húmus para 5 partes de água.) e aplicado no solo ou fertilizante foliar.
Composto de Algas Marinhas: 1 - 0.5 - 2.5
Fornece cerca de 60 tipos de elementos, além de hormônios de promoção de crescimento e enzimas. É usado para assegurar que a planta está conseguindo os micronutrientes necessários. Pode ser misturado ao solo (1-2 colheres de sopa por 4 litros de água) ou feito chá na mesma proporção.

Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria 

Os problemas mais comuns são, o excesso de água e de fertilizantes, seguidos de perto por pH incorreto e raízes emaranhadas. Antes que quaisquer tentativas de remediar sejam tomadas, esses fatores deverão ser considerados.

* Deficiência de Nutrientes – Raramente acontecem nos jardins modernos. O que as pessoa vêem como deficiência de nutrientes, 9 em cada 10 vezes é problema de pH. Um pH muito alto ou muito baixo trava a capacidade da planta de absorver os nutrientes, por isso elas aparentam estar deficientes, quando na verdade existem nutrientes em quantidade mais do que suficientes na solução/solo. Adicionar nutrientes só piora a situação, desregulando o pH ainda mais e aumentando a quantidade de partículas no meio.
Solução - O melhor a fazer, caso seja detectada qualquer forma de deficiência de nutrientes, é medir e ajustar o pH.

* Excesso de Água – Sinais de excesso de água incluem: Folhas murchas, curvadas e amarelando. Também uma boa indicação é o constante cheiro de terra molhada em sua estufa/jardim.
Solução – Aumente a temperatura e o fluxo de ar para evaporar o excesso de água. Você pode também adicionar h2O2 (Água Oxigenada) para ajudar as raízes a receberem oxigenação. Apenas não regue em excesso, somente quando o solo/meio estiver seco. Se o seu solo estiver encharcado, transplante sua planta para um novo vaso com solo seco e fresco.

* Excesso de Fertilizante – Sinais de excesso de fertilizante incluem: Folhas queimadas/ mortas nas pontas/laterais e curvadas para baixo.
Solução – Verifique e ajuste para o pH desejado. Enxágue e diminua o nível de fertilizante/nutrientes.

* pH Incorreto – Problemas com pH podem se manifestar de diferentes formas, desde deficiência de nutrientes até excesso de fertilizante e folhas queimadas.
Solução – A única forma de saber é medindo e ajustando o nível do pH.

* Raízes Emaranhadas – Veja abaixo na seção Problemas com Raízes

* Estresse por Calor – Sinais de estresse por calor se assemelham muito a queimaduras por nutrientes, exceto que elas ocorrem no topo da planta, próxima das lâmpadas. O amarelar das folhas superiores é causado normalmente por proximidade das lâmpadas HID.
Solução – Uma forma de saber se as suas plantas estão muito próximas é colocar as costas da mão entre elas e a lâmpada, por alguns minutos. Se você sentir uma sensação de desconforto é porque elas estão muito próximas e a lâmpada deverá ser ligeiramente afastada.


Problemas nas Folhas
* Amarelar - Acontece por falta de clorofila. Possíveis causas podem ser, drenagem insuficiente do solo, raízes danificadas, raízes compactadas, alta alcalinidade e deficiência de nutrientes.
Solução – Mais uma vez lembre-se de checar o pH.**Nota – Nas últimas semanas de florescimento um amarelar nas folhas é completamente normal, pois a planta usa todos os nutrientes estocados.

* Amarelar nas Folhas Inferiores e Medianas – Esse amarelar nas folhas mais antigas é possivelmente um sinal de deficiência de Nitrogênio (N). Como esse é um nutriente transferível (quer dizer que a planta pode movê-lo quando necessário), se uma planta não está recebendo Nitrogênio suficiente das raízes então ele será "roubado" das folhas mais antigas. Plantas com deficiência de Nitrogênio geralmente demonstram falta de vigor e crescimento pobre, resultando numa planta fraca e atrofiada. Em Sistemas Hidropônicos normalmente o pH está muito alto travando a absorção do Nitrogênio disponível na solução. Em solo, amarelar também pode ser indicação de raízes emaranhadas.
Solução – Primeiro verifique e ajuste o pH. O pH correto para a cannabis é 6.3 – 6.8 quando em solo e 5.5 – 6.1 quando em Sistema Hidropônico. Segundo, certifique-se de estar fornecendo a quantidade/tipo correto de fertilizante/nutriente. Para o estágio vegetativo a cannabis precisa de um alimento rico em Nitrogênio, na taxa NPK de 2-1-1 ou (20-10-10)


* Amarelar nas Folhas Superiores – O amarelar nas folhas novas pode ser um sinal de deficiência de Enxofre (S). Essa deficiência é bastante rara mas começa com o amarelar de uma folha nova por inteiro, incluindo as veias. Outros sinais são, raízes alongadas, galhos rígidos e a ponta das folhas enroladas pra baixo. **Nota – Na maioria dos caso o amarelar nas folhas superiores e causado por proximidade das lâmpadas.
Solução – Verifique e ajuste o Ph, além do nível de fertilizante/nutriente para se certificar de estar fornecendo o tipo/quantidade corretos para o seu estágio de crescimento. Faça o teste da mão e veja se está muito quente.


* Folhas Enrolando pra cima – Pode ser sinal de deficiência de Magnésio (Mg) causada por um nível de pH baixo. A falta de Magnésio pode ainda gerar amarelamento (com posterior escurecimento e folhas secas) e amarelamento entre as veias, começando nas pontas das folhas mais antigas e progredindo para o centro. Pode ser também um sinal de excesso de calor e humidade dentro da estufa.
Solução – Verifique e ajuste o pH, já que fora do nível ideal a planta de marijuana perde a capacidade de absorver os elementos essenciais requeridos para um crescimento saudável. Se você estiver cultivando em solo, o Magnésio começará a ser travado com um pH de 6.5 ou inferior, em hidroponia começa com 5.8 ou inferior. Se o pH for o correto, então adicione ¼ de colher de chá de Sulfato de Magnésio Heptahidratado (Epsom Salt) por litro de água. Ou para nutrição foliar, dilua a dose anterior com 2 partes de água e borrife periodicamente nas folhas. **Nota – Se a água da torneira tiver acima de 200 PPM o Magnésio será travad por excesso de cálcio (Ca) na água. Magnésio pode ser travado por excesso de Ca, de Cloro (Cl) ou Nitrogênio Amoníaco (NH4+). Se esse for o seu problema use água mineral.


* Folhas Enrolando pra baixo
 – Quando isso ocorre, associado com pontas e margens queimadas é costumeiramente um sinal de que o nível de nutrientes está alto demais.
Solução – Verifique e ajuste o pH. Enxague e diminua o nível de nutrientes.


* Folhas Murchando – Geralmente ocorre por excesso/falta de água ou pouca luz.
Solução – Quando em solo, primeiro coloque o dedo ou um medidor de humidade alguns centímetros abaixo do solo e verifique se está seco ou húmido. Se excesso de água for o seu problema, aumente a temperatura e a circulação de ar em sua estufa para evaporar um pouco do excesso. Adicione h2o2 (Água Oxigenada) diluída em água.**Aviso! – Excesso de água crônico pode levar a raízes podres/estagnadas e solo enlameado. Caso você detecte esse problema, transplante para um vaso novo com terra fresca e seca. Em Sistemas Hidropônicos, verifique se o meio está húmido ou seco, antes de adicionar água ou ligar a bomba. Se o meio ainda estiver muito húmido, ou muito seco, você precisará verificar seu jardim com mais frequência para checar a disponibilidade de água em seu sistema. Por último, se falta de luz for seu problema, adicione mais luz.

Problemas com Raízes
* Raízes Emaranhadas – Isso ocorre quando as raízes crescem mais do que o pote em que elas estão contidas. Plantas cujas raízes estão emaranhadas exibem um crescimento atrofiado, fino, lento e com produção de "camarões" pequenos, folhas murchas facilmente queimadas por nutrientes, necessitando de água constantemente. O amarelar das folhas antigas progressivamente subindo até que todas as folhas sequem e morram, é um sinal significativo desse problema.
Solução – Transplante imediato para um vaso maior. A receita de bolo é, 4 litros de solo para cada 30 cm de altura, exceto em clones que podem utilizar uma medida menor. Ao delicamente retirar a massa de raízes, inspecione e veja se as raízes formam um círculo fechado em volta da massa, em caso positivo, tente muito gentilmente desprender essas raízes da massa de terra. Se as raízes estiverem muito emaranhadas então você poderá cortar algumas fatias de 1 cm em torno da massa com um instrumento afiado e esterilizado, antes de colocar a planta em seu novo vaso. **Nota – Não compacte o novo solo no fundo do novo pote, deixe-o aerado porém ser bolsas de ar, para que as raízes penetrem facilmente.

* Raízes Atrofiadas – Ou crescimento lento ou nenhum de novas folhas podem ser devido a deficiência de cálcio (Ca), intoxicação por Alumínio (Al), Cobre (Cu), pH Ácido ou tóxinas no solo.
Solução – Como sempre, verifique e ajuste o pH. Se houver qualquer tipo de intoxicação do solo, então você precisará enxaguá-lo completamente.


Problemas nos Galhos
* Quebra de Galho ou Caule – Isso poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde com qualquer um. Isso pode ocorrer por tentativa de treinar a planta, animais derrubando vasos ou refletores caindo em cima, etc Não importa como aconteceu, só não há motivo para pânico.
Solução – Consertar não é problema, faça talas com palitos de sorvete e prenda com fita crepe ou esparadrapo. Um canudo do Mc Donald’s cortado ao longo pode ser um ótimo método de "engessar" o caule/galho. Dê uma semana para que a planta se recupere e volte a crescer.


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